14 de dezembro de 2009

O PORTO E OS JUDEUS - 4. OS MARRANOS, O SÉCULO XX E A SINAGOGA DO PORTO



Durante o nosso último percurso, e enquanto atravessavamos a antiga judiaria do Porto,abordamos também, ainda que de um modo sucinto, a "resistência" de algumas famílias judaicas que, apesar de oficialmente convertidas ao cristianismo, continuaram secreta e clandestinamente, até ao século XX, a manter os seus cultos judaicos. Estas famílias e comunidades ficariam conhecidas como "marranos". A sua (re)descoberta para a comunidade judaica internacional (o "resgate" dos marranos) dar-se-ia apenas no início do século XX graças à acção do Capitão Barros Basto, destacado militar português na 1ª Guerra Mundial, a quem também se ficou a dever a construção no Porto, na Rua de Guerra Junqueiro, da Sinagoga Kadoorie - a maior da Península Ibérica(consultar http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinagoga_Kadoorie). A instauração do Estado Novo e as pressões da Igreja Católica acabaram por condicionar fortemente a acção de Barros Basto que viria mesmo a ser demitido do Exército, perdendo todos os títulos e condecorações com que havia sido agraciado na sequência da sua destacada participação no conflito mundial. Decorre actualmente uma campanha internacional visando a sua reabilitação (consultar http://www.petitiononline.com/benrosh/petition.html)

Sem comentários:

Enviar um comentário