26 de novembro de 2009

ÚLTIMA HORA: ENTRE LENÇÓIS!

Na escarpa da Pena Ventosa...(foto Maria Beatriz Capitão)

Hesitei e adiei o mais que pude esta mensagem. No entanto não tenho outra hipótese. Desde segunda feira que me encontro doente. Fui apanhado pela gripe. Não sei se pela A ou pela "outra", mas eles agora já não fazem os testes: mandam-nos para a cama e para casa sete dias! Pensei no entanto que - como me era habitual - três ou quatro seriam o suficiente. Constato agora que não. Só muito dificilmente estarei em boas condições no sábado de manhã. Ainda por cima as previsões meteorológicas são de alguma chuva e descida de temperatura.
Não me resta por isso outra alternativa que não seja comunicar-vos o meu impedimento e avançar desde já com outra data alternativa que proponho seja exactamente uma semana depois, isto é: 5 de Dezembro, com ponto de encontro à mesma hora, no mesmo local.
Entretanto desde já me comprometo que, se houver um número significativo de pessoas que não possa participar no dia 5, poderei repetir este mesmo percurso em data a combinarmos posteriormente.
Peço uma vez mais a vossa desculpa e pedia também a todos que, dentro dos vossos contactos, passassem esta informação. Até porque o grupo tem 65 "pré-inscritos" mas eu só possuo o mail de pouco mais de 40. E é claro que o nosso blogue continuará a dar conta desta situação e da sua evolução.

Obrigado,
Joel

8 de novembro de 2009

DA RIBEIRA À SÉ - O "CUBO"

A romper os sapatos na Praça da Ribeira (fotos Maria Beatriz Capitão)

A Praça da Ribeira é dominada, desde 1976, por uma escultura - o "Cubo" - de um dos mais conceituados escultores portugueses do último quartel do século XX: José Rodrigues. Esta obra tornou-se de tal forma emblemática que, para muita gente, nomeadamente para as novas gerações, o local foi rebaptizado com o nome de "Praça do Cubo".
Espaço desde sempre de referência na cidade, a Ribeira e a sua Praça perderam, nas últimas décadas, muito do seu tradicional bulício mercantil, ainda magistralmente documentado por Manoel de Oliveira, em 1931, em "Douro - Faina Fluvial". Mas, por outro lado, ganharam imensa vida com o Turismo e a animação nocturna em concorridos pubs. E o "cubo" assume-se muitas vezes, neste contexto, como um ponto de encontro nestas deambulações e "peregrinações" turísticas ou nocturnas pela cidade.
O "cubo" assenta sobre uma fonte que, na sua edificação, reaproveitou várias pedras recuperadas no local. Curiosamente uma intervenção arqueológica aqui realizada revelou a preexistência, neste mesmo sítio, de um anterior tanque ou fonte. Este terá sido, portanto, um local onde provavelmente muitos viajantes, rompendo os sapatos, ter-se-ão refrescado antes de iniciar a subida da cidade, em direcção à sé catedral e/ou das portas de saída para Norte (texto Joel Cleto).

6 de novembro de 2009

UM APELO

Galinheiro improvisado no Largo da Penaventosa (foto de Manuela Silva).

Da nossa colega Olga Barbosa recebi o seguinte apelo (é mais uma sugestão): "que tal colocarmos um pouco de literatura nas sessões de caminhada com leituras prévias para quem gostar e puder?! que acha?! mande daí o desafio aos colegas de português para que sugiram obras nas quais apareçam os cenários a visitar, por exemplo."
E aqui fica, pois, registada a sugestão. Quem quiser efectivamente sugerir obras literárias a propósito dos trajectos tem, no topo da coluna do lado direito, o trajecto da nossa próxima caminhada.

5 de novembro de 2009

DA RIBEIRA À SÉ - 3

São 52 os fabulosos registos fotográficos do Renato Cerqueira a propósito da nossa caminhada no passado dia 31 de Outubro. Nas imagens de cima podemos observar alguns instantes do momento da despedida do grupo na Sé do Porto, um apontamento "humano" na Rua dos Mercadores, uma gaivota sobre o casario do Centro Histórico, um aspecto geral do interior da igreja "dos Grilos", e a introdução aos Caminhos de Santiago junto ao Postigo do Carvão. Mas o melhor mesmo é ver as fotos todas no slideshow em http://renatocerqueira.zenfolio.com/romperossapatos/slideshow

3 de novembro de 2009

DA RIBEIRA À SÉ - 2

Rua dos Mercadores. Início da subida pelo grupo "Romper os Sapatos" (foto Marta Bessa).
Vencido o rio, atravessada a muralha da cidade, e depois de se perder, e de se encontrar, no meio da azáfama e do colorido ribeirinho, eis que o peregrino tem que retomar o seu caminho. E, a partir da beira-rio, há que subir. Seja em direcção à catedral e ao burgo episcopal, no alto do morro da Pena Ventosa, seja, de um modo mais apressado e directo, em direcção às portas que se abriam para Norte. Mas não há engano possível: é subir, subir sempre, vencer a encosta ao longo da qual, como numa cascat"a, a cidade se foi encavalitando ao longo dos séculos.O eixo vital nessa ascensão, da Ribeira à Sé, foi, durante muitas centúrias, o definido pelas estreitas e antiquíssimas ruas dos Mercadores, Bainharia, Escura e de Santana. (...) Este antigo eixo, de circulação fundamental para o Porto mediévico, tem início junto à Praça da Ribeira, na Rua dos Mercadores. As mais antigas referências documentais a esta artéria datam de 1309 e é, então, designada por "rua per hir vam a ribeira", mas, em 1374, é já referenciada como rua dos Mercadores, designação que, obviamente, se prende com o facto de, dada a proximidade ao rio e à vida mercantil ribeirinha, ter sido aí que prioritariamente se estabeleceram as residências e estabelecimentos dos mercadores do burgo.
Este mesmo documento, de 1374, reveste-se de grande importância para a história da cidade já que se trata da carta do rei D. Fernando pela qual o monarca proibiu, aos nobres e prelados do reino, a permanência no Porto por mais de três dias. E, como que atestando que estamos perante aquela que, durante séculos, foi uma das principais ruas do burgo - se não a principal e mais rica - este mesmo documento reforça a importância desta artéria ao deixar claramente expresso que é negado aos nobres, prelados e outros poderosos do reino exigirem o seu direito de aposentadoria nas estalagens e mosteiros da cidade, bem assim como na... rua dos Mercadores. Certamente porque aqui se encontrariam as mais belas e ricas casas da cidade, logo, as mais apetecíveis e cobiçadas pelos nobres medievais para exercer a exigência desse seu direito.
(...) Com a abertura das "amplas" ruas iluministas que, na segunda metade do século XVIII e no XIX, passaram a ligar a parte "alta" da cidade à Ribeira, como é o caso da rua de S. João, que lhe corre paralela, a Rua dos Mercadores perdeu quase toda a sua importância como eixo de circulação fundamental da cidade e a decadência e ruína muito rapidamente tomaram conta desta antiga "estrada". Hoje é, indiscutivelmente, uma das mais apagadas, desertas, desabitadas, arruinadas e tristes ruas do Centro Histórico do Porto. Mas é por aí que, na peugada do peregrino medieval, se deve prosseguir." (Joel Cleto in http://obradouro.blogspot.com/)

1 de novembro de 2009

DA RIBEIRA À SÉ - 1




31 de Outubro de 2009. Primeira etapa. Da Praça da Ribeira à Sé do Porto. Introdução. A lenda, devoção e a origem dos Caminhos de Santiago, junto ao Postigo do Carvão. Abordagem à muralha fernandina e às anteriores muralhas que cercaram o morro da Pena Ventosa. A Praça da Ribeira (da sua abertura, pelos Almadas, ao "cubo" do José Rodrigues). A Rua dos Mercadores - da mais importante da cidade (onde os nobres não podiam exercer o seu direito de aposentadoria) a uma das mais esquecidas na actualidade. A Rua da Bainharia, fora dos muros da urbe alti-medieval, local de fixação de ferreiros e de oficinas de metalurgia. A rua e a porta de Sant'Anna. O largo do colégio, a igreja de S. Lourenço (dita dos "Grilos") e a chegada dos jesuítas à cidade. A resistência dos portuenses perante a possibilidade da fixação na cidade de filhos de nobre que frequentariam o colégio dos jesuítas. Posterior passagem da posse desta igreja dos jesuítas para os frades Agostinhos Descalços (os "Grilos") e origem do nome pelo qual o templo passou a ser conhecido. Visita ao interior da igreja e à sepultura de D. Luís e Távora, balio do mosteiro hospitalário de Leça do Balio que pagou a construção deste imóvel. Subida, pelas ruas das Aldas e da Penaventosa, ao topo do morro da Sé. Considerações sobre o terreiro e o pelourinho do Porto ("invenções" do espírito nacionalista das décadas de '30 e '40 do século XX). As origens lendárias da catedral do Porto - S. Basileu, um dos setes discípulos de Santiago, teria sido o seu fundador e o primeiro bispo da cidade. Visita ao interior da Sé do Porto. D. Afonso Henriques e o discurso "oficial" do românico como uma das estratégias políticas para o reconhecmento da independência do condado portucalense. As relíquias de S. Pantaleão, a imagem de Nossa Senhora da Vandoma e os diversos santos padroeiros que o Porto conheceu . (fotos Joel Cleto)

COMUNICADO 2/2009

Caros/as Amigos/as
Pois é verdade! Cá estamos de volta com o "Romper os Sapatos". Não irei perder tempo com a apresentação do ateliê uma vez que presumo que já teve acesso à nota de divulgação que vem sendo expedida pelo Centro de Formação de Matosinhos (ver http://www.cfaematosinhos.eu/Folheto%20Romper%20os%20sapatos_2009_v3.pdf).
Nestes últimos dias, e desde que a nota começou a ser divulgada, recebi já várias inscrições e muitas perguntas. Assim, e independentemente de voltar ao contacto de todos antes da nossa primeira caminhada, passo a esclarecer as dúvidas:
1. Quanto ao limite de inscrições por enquanto não há probemas. De qualquer modo não gostaria de ultrapassar as 40, já que mais do que esse número pode começar a ser impraticável;
2. A "inscrição" faz-se, tão só, manifestando o interesse em participar através de mail enviado para este meu endereço electrónico;
3. Preciso contudo que me indiquem "direitinho" o nome da(s) pessoa(s) a inscrever (não basta dizer "sou eu, fulano de tal, mais dois colegas ou familiares") já que, como indiquei no folheto de divulgação, estou a tentar "negociar" com o Centro de Estudos Jacobeus do Porto a emissão de um "passaporte" personalizado de peregrino para cada um dos participantes, por forma a, no final das nossas caminhadas, obtermos a "Compostela" (certificado de peregrinação passado pelas Autoridades de Santiago). Preciso por isso mesmo dos nomes correctos e não apenas o nº de pessoas;
4. Na sequência das regras e regulamentos do Centro de Formação este ateliê está aberto, com efeito, aos familiares dos professores. Por isso "as caras-metade", filhos, pais, sobrinhos, irmãos, primos e enteados são benvindos :). Inscrições de pessoas que não tenham qualquer relação directa, familiar ou profissional com professores poderão ser igualmente aceites.
5. Por crianças (peço desculpa aos adolescentes!) entende-se menores de 15 anos inclusivé. Até essa idade estão isentos de pagamento;
6. O pagamento de cada sessão (5€) faz-se apenas no próprio dia do passeio, logo no início deste. De preferência no cafezinho (teremos que descobrir sempre um) de encontro;
7. O encontro e café matinal inspirador terá lugar às 9.30 em local que terei sempre o cuidado de indicar no final da caminhada anterior e/ou através de email;
8. A primeira "etapa" da nossa peregrinação terá lugar no sábado 31 de Outubro (procuraremos que se realize sempre no último sábado de cada mês) e levar-nos-á das margens do Douro, na Ribeira, até à Sé do Porto, através do Porto medieval. O local de encontro será o café/esplanada junto ao "cubo" da Ribeira;
9. O calendário do ateliê apresentado no folheto de divulgação é apenas uma proposta. Está sujeito a algumas adaptações e até a alterações decorrentes de sugestões/propostas dos próprios frequentadores do ateliê.
Bom... e por hoje é tudo. Ameaço voltar.
Bjs e abraços
Joel

COMUNICADO 1/2009

Romper os Sapatos
E s t a m o s d e v o l t a !
O desafio é o mesmo: partir à descoberta, uma manhã de sábado por mês, calcorreando a História, a Memória e o Património da nossa região, por ruas, vielas, praças, veredas, caminhos rurais e perscrutando o interior de alguns monumentos.
E porque 2010 vai ser ano Jacobeu - o último nos próximos onze anos - as sessões vão centrar-se na (re)descoberta dos antigos caminhos para Santiago de Compostela na nossa região. Ao longo dos próximos meses, iremos "romper os sapatos" nos seguintes percursos (sujeitos a pequenas alterações):
- Outubro - Da Praça da Ribeira à Sé do Porto
- Novembro - Da Sé do Porto à Praça dos Ferradores (incluindo a Catedral, Judiaria, Cordoaria e Torre dos Clérigos).
- Dezembro - De Carlos Alberto à Capela do Olho Vivo (incluindo igrejas dos Carmelitas, do Carmo, da Lapa e capela do Olho Vivo e a subida a um dos mais fabulosos e desconhecidos miradouros da cidade).
- Janeiro - Da Lapa a Paranhos (com descida ao subterrâneo das nascentes da Arca d'Água).
- Fevereiro - De Paranhos ao Mosteiro de Leça do Balio (com passagem pela capela de Stº Antoninho do Telheiro, Casa-Museu Abel Salazar, Ponte da Pedra e visita ao mosteiro).
- Março - De Carlos Alberto a Requezende (com passagem por Cedofeita, Ramada Alta, Carvalhido e Prelada).
- Abril - De Requezende a Santiago de Custóias (inclui visita à Quinta da Prelada e à igreja de Custóias).
- Maio - De Custóias ao Mosteiro de Moreira da Maia (com passagem pela Ponte de D. Goimil e visita ao mosteiro).
- Junho - Um fim-de-semana de caminhada em terras espanholas com chegada a Santiago de Compostela. Pernoitaremos num albergue de peregrinos.
A todos os participantes, e com o apoio do Centro de Estudos Jacobeus - Porto, será entregue um "passaporte de peregrino" que iremos carimbando ao longo do percurso, por forma a atestar a nossa "peregrinação" e,assim, tentar conseguir obter a "Compostela": documento / certificado que as autoridades de Santiago entregam a quem, justificadamente (através do referido passaporte), realize a peregrinação (é obrigatório perfazer um determinado número de quilómetros - coisa que procuraremos cumprir com o somatório das nossas sucessivas "etapas").
O guia continua a ser o Joel Cleto, o promotor é o CFAE_Matosinhos, o sábado é o último de cada mês (sujeito a pequenos acertos) e o custo é de 5€ /pessoa / sessão (cafezinhos e entradas pagas emmonumentos - raras - não incluídos). As crianças não pagam.
Dinamizador: Joel Cleto - http://joelcleto.no.sapo.pt
Inscrições: joel.cleto@gmail.com
Não se esqueçam: vestuário confortável e calçado apropriado para caminhadas. Uma garrafinha de água é sempre útil e uma pequena mochila onde deverão guardar a garrafinha, um impermeável e a máquina fotográfica.

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